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Olá leitores, primeiramente agradeço a todos vocês que acompanham cada edição, e também ao meu blog. Boa leitura a todos, e que sejam bem vindos.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

DRAGÃO: Draconomicon




O QUE SÃO DRAGOES


Dragões ou dragos (do grego drákon,) são criaturas presentes na mitologia dos mais diversos povos e civilizações. São representados como animais de grandes dimensões, normalmente de aspecto reptiliano (semelhantes a imensos lagartos ou serpentes), muitas vezes com asas, plumas, poderes mágicos ou hálito de fogo. A palavra dragão é originária do termo grego drakôn, usado para definir grandes serpentes.
Desde o Selvagem Branco ao Majestoso Dourado, os Dragões representam o maior perigo que os aventureiros encontram em suas vidas bem como a maior recompensa que possa reinvindicar.
Os dragões são criaturas miticas, muitas vezes descritas como a primeira raça que aparece no mundo. com vidas que duram milhares de anos.
Este aspecto dos Dragões faz deles muito mais que um combatente desafiador. Eles são sábios e oráculos, fontes de sabedoria e profetas do que ainda está por vir. Seu próprio surgimento pode ser um presságio de sorte ou azar.



O DEUS DRAGÃO IO E A ORIGEM DOS DRAGÕES:


No princípio, havia apenas seis entidades povoando o vazio. Essas entidades eram os criadores de mundos, chamados pelos sábios de outrora de Primais. Seus nomes eram Terra, Fogo, Água, Ar, Luz e Trevas. Para facilitar seu trabalho de criação, deram existência aos seres que chamamos de Deuses.
Então, os Deuses criaram um novo plano, e decidiram povoá-lo. Enquanto os Deuses planejavam a construção e povoamento do mundo, Io, o Deus-Dragão, viu a esfera ainda incandescente que fora escolhida para abrigar os filhos dos Deuses. Ele então se deu por satisfeito e voou para o plano que havia construído para si, deixando seus iguais trabalharem sozinhos.
A criação seguiu, e Io não foi repreendido por não estar lá para ajudar, pois os outros Deuses não concordavam com a sua noção de beleza, preferindo que ele ficasse longe e não opinasse. E, é claro, também temiam repreendê-lo, por ser o Deus mais poderoso entre eles. Muito fora criado. O mundo foi preenchido com as águas e sua beleza, e foi colocada também a terra firme e nela pedras de muitas cores, e foi feito o ar, e sob e junto à terra foi colocado o fogo, bem como acima do ar, nos céus, em forma de um sol.
Quando os Deuses se deram por satisfeitos na construção da casa de seus mais perfeitos filhos, se reuniram para criá-los, e Io retornou. Sem ouvir o que os Deuses tinham a dizer, e sem saber o que havia sido criado, Io partiu para o plano material, e se surpreendeu com a beleza de tudo o que vira.
O mundo fora povoado com novas criações da Deusa que descobrira a vida - estas eram formas de vida simples, mas sólidas e poderosas, destinadas a sustentar as criações mais complexas dos Deuses. Grandes quantidades da energia dos Primais fora fusionada para que Ela criasse a maior variedade de coisas inanimadas e de seres vivos simples, cuja energia sustentaria quaisquer criaturas que viessem a viver ali.
Io então voou sobre o mundo. Voou e observou tudo o que existia. E então, após ter observado cuidadosamente cada aspecto do que fora criado, Io soprou seu hálito sobre o mundo. Tomados de fúria, os outros Deuses pensaram em iniciar uma guerra contra o Deus-Dragão, por tentar destruir tudo o que eles haviam criado até o momento. Mas então o mais sábio dos Deuses compreendeu o que ocorrera e os deteve. Io estava criando seus filhos.
Seu hálito não servia a propósitos de destruição e morte como os Deuses haviam visto anteriormente, mas sim estava instilando vida a partir de sua própria energia. Em cada coisa que considerou bela e imponente, Io soprou vida, criada a partir de sua própria essência. O Deus-Dragão poderia não ser poderoso o suficiente para criar mundos inteiros, mas certamente era para erguer vida do nada, ainda que esta fosse muito complexa e poderosa.
E então seu hálito tocou primeiramente um veio de ouro, e seus primeiros filhos ganharam os céus, os Dragões Dourados. Então, o sopro de vida continuou, tocando todo o tipo de metais e pedras preciosas, criando os Dragões Metálicos e os Dragões Gema. Então, o sopro seguiu adiante, tocando manifestações puras dos elementos dos primais, criando a casta dos Dragões-Elementais, ainda que isto não tenha ocorrido como Ele planejara. Por fim, Io decidiu fazer uso de seu hálito de vida nas criações basais mais complexas que os Deuses haviam realizado, dando consciência a filhos seus com corpos feitos de locais inteiros, como florestas, vulcões, desertos, mares, pântanos ... O Deus-Dragão usurpou praticamente tudo o que os outros Deuses haviam criado sem sua presença, e disse:

"Em meus filhos há a força de tudo o que existe nesta esfera e o poder de tudo o que existe em mim. E diferente de como vocês, Deuses, farão, eu darei a eles a vida eterna, e o potencial para ser tudo o que conseguirem, assim como o direito de criar vida inferior para exercer a função de servos e fiéis, como eu fizera com eles. Pois, diferente de vocês, Deuses, não temo minhas criações. Sei que sou onipotente e insuperável, por mais que meus filhos e filhas possam se parecer comigo."

FAMILIAS DRACÔNICAS:

Io gerou os corpos de seus filhos a partir da energia dos Primais já transformada e aprimorada pelos outros Deuses, na criação do plano material. Seu sopro de vida animou todas as coisas belas e imponentes que despertaram sua atenção, e elas podem ser agrupadas em 3 grupos: metais preciosos, pedras preciosas e paisagens. Estas são as bases das três famílias: os Dragões Metálicos, os Dragões Gema e os Dragões Cromáticos, respectivamente.

Io despertou os senhores das famílias dos Dragões: Tiamat, a Senhora dos Cromáticos; Bahamut, o Senhor dos Metálicos e Faluzure, o Senhor dos Gema.

Dentre eles, Faluzure era o mais impetuoso, e por ter irritado Io, fora jogado em desgraça. Sua carne fora apodrecida em seus ossos, e seu nome fora amaldiçoado para sempre, como exemplo do que aconteceria com outros que desobedecessem Io, o Pai dos Dragões, e seu nome foi apagado da mente dos mais jovens pelo tempo.

Quanto aos outros senhores, se Bahamut era o mais ponderado e sábio, Tiamat era a mais cruel e caótica. Ambos governavam seus filhos com maestria, pois eram eles mesmos os perfeitos exemplos de tudo aquilo que pregavam: Bahamut era a sabedoria, e Tiamat a força. Bahamut a calma, Tiamat o ímpeto. Bahamut era honra, e Tiamat orgulho.

Apesar de cada família ser composta por diferentes raças, seus integrantes viam semelhanças entre si, já que todos os metálicos eram ponderados, adaptáveis e dispostos a mudanças; os gemas eram belos, misteriosos e instigantes e os cromáticos ferozes, imponentes e terríveis. No princípio, várias raças integravam cada uma das famílias, mas com o passar dos anos e o advento do Conselho dos Wyrms, apenas as cinco mais poderosas raças permaneceram como representantes, respondendo por todas as outras de seu séqüito.

RAÇAS DE DRAGÕES:

METÁLICOS: Ouro, Prata, Bronze, Cobre e Latão.

CROMÁTICOS: Vermelho, Negro, Verde, Azul e Branco

GEMAS: Ametista, Topasio, Safira, Cristal, Esmeralda

Obs: Existem outras sub-raças e raças securdárias, não descritas aqui por se tratar de um pequeno ensaio sobre o mundo dos lendários. Discorrendo somento sobre as mais representativas.


CARACTERISTICAS:

Categoria de Idade
Os dragões estão divididos em 8 categorias de idade: filhote; jovem; adolescente; adulto jovem; adulto; antigo; ancião; grande ancião. Quanto mais novo um dragão, menor será a extensão de seus poderes, tanto mágicos quanto físicos.

ANATOMIA GERAL:

Os dragões estão divididos em diferentes espécies, e cada espécie tem seus traços específicos.

Dragões costumam ser répteis gigantes, com o corpo revestido por escamas de diferentes cores, que pode variar de uma espécie para outra e, algumas vezes, dentro de uma mesma espécie. Normalmente eles andam sobre as quatro patas, mas a maioria é capaz de utilizar as patas dianteiras como membros, podendo manipular objetos. Há também espécies que locomovem-se apenas com as patas traseiras, embora estes sejam incomuns. As patas sempre são dotadas de garras, as quais eles costumam usar para esmagar suas vítimas ou prende-las, ou mesmo para rasgá-las em pedaços.

O pescoço é longo, e muitos apresentam um tipo de crina ou barbatana de couro atrás da cabeça até o lombo, por toda área do pescoço (em algumas espécies, esta crina avança até a cauda). Estas placas ósseas geralmente tem por finalidade aquecer o sangue dos dragões: o sangue passa pelas placas e é aquecido pelos raios do sol. Tais placas raramente existem em dragões que vivem em ambientes gelados, ou podem existir como herança de seus antepassados.

Também é comum que apresentem chifres, sejam eles grandes ou pequenos. Estes chifres são, na maioria das vezes, simples adorno, mas há espécimes que apresentam chifres grandes, podendo ser usados em combate.
Praticamente todos os dragões são capazes de voar. A maioria apresenta asas, mas há espécies de dragões que não apresentam asas, e ainda assim são capazes de voar normalmente. Isso se deve, provavelmente, à sua natureza mágica. Uma característica comum a praticamente todos os dragões é a arma de sopro, que varia entre as raças.

Dando força à natureza altamente mágica dos dragões, suas armas-de-Sopro são tão violentas e perigosas que podem ferir, inclusive, criaturas que sejam vulneráveis apenas a Magias e armas mágicas (mesmo entre os dragões não-mágicos). Isso torna estes monstros perigosos para qualquer criatura.

Praticamente todos os dragões são capazes de utilizar Magia, seja como habilidades naturais ou como Magia verdadeira. Em geral, apenas os mais novos são incapazes de dominar esta técnica. Outra característica comum a todos os dragões, independente de sua idade, é sua imunidade contra Magias do tipo Paralisia,Sono e Dominação. Todos os dragões são capazes de enxergar no escuro e na penumbra com perfeição. Os dragões estão entre as criaturas mais inteligentes do mundo conhecido. Entre seus vastos conhecimentos estão inúmeras Magias e diferentes idiomas.

MAGIAS E GRIMÓRIOS:

Grimórios são livros de magia; todo mago tem seu próprio grimório, onde anota e estuda suas Magias. Os dragões, por serem capazes de utilizar Magia de forma natural, não necessitam de grimórios, eles simplesmente conhecem as Magias e são capazes de utilizá-las. Eles conhecem, automaticamente, uma Magia para cada ponto de Focus que tenham. Entretanto eles “também” podem ter grimórios onde podem registrar muitas outras Magias.
Alguns dragões aprendem novas técnicas de acumular Magias, podendo fazê-lo em tatuagens e runas que se localizam em seu corpo. Isso evita que sejam roubados ou separados delas.
Dragões podem aprender novas Magias com grande facilidade. Em termos de jogo, eles levam apenas um quarto do tempo total necessário para se aprender uma nova Magia. Devido à sua grande habilidade com poderes arcanos, eles aprendem novas Magias de modo quase sobrenatural, descobrindo seus efeitos sem a necessidade de grandes pesquisas. Na verdade é até comum que os dragões criem suas próprias Magias.

Dragões são eternos, mas não imortais. Ainda que seja uma tarefa extremamente árdua, dragões podem ser assassinados, encontrando assim a morte. No entanto, a simples e inevitável passagem do tempo não faz nada aos dragões senão fortalecê-los.

O IDIOMA DRACÔNICO:

O Dracônico é o idioma padrão dos dragões. Esta linguagem, dizem, é cercada de mistérios e lendas, e suas palavras carregam grandes energias místicas quando bem manipuladas. Muitos livros de magia, pergaminhos e tomos atigos são escritos neste idioma.
O Dracônico é o mais antigo dos idiomas, pois surgiu juntamente com os primeiros dragões, que foram as primeiras criaturas coscientes criadas.

COVIS DE DRAGÕES:

Cada espécie de dragão costuma escolher um tipo de covil: montanhas vulcânicas, cavernas geladas, pântanos, topo de montanhas, desertos, praias ou costas marítimas e muitos outros.

Independente da espécie, os dragões constroem seus covis longe das civilizações, mas onde haja abundância de alimento. Devido ao medo que eles provocam, a maioria das criaturas foge do local, obrigando as feras a deixarem os covis para caçar em regiões mais distantes.
Alguns dragões costumam trocar de covil ao longo de sua existência, enquanto outros se mantêm sempre na mesma caverna, expandindo-a quando há necessidade, para obter maior conforto. Dragões antigos raramente trocam de covil. Geralmente nesta idade eles já habitam aquela que será sua última morada.

Tudo ao redor do covil de um dragão é considerado seu território. Quando este território é invadido ou ameaçado, eles lutam com grande ferocidade para protegê-lo. A entrada de outros dragões em seu domínio é extremamente proibida, a não ser por famíliares ou convidados.
É comum que os dragões permitam a certas criaturas habitarem as proximidades de seu covil, para protegerem as áreas menos importantes (as mais importantes são protegidas por eles mesmos). Muitas vezes estas criaturas costumam venerar o dragão. Alguns ignoram este louvor, enquanto outros o vêem com grande respeito e encontram formas de agradecer.

Os tesouros de um dragão sempre estarão escondidos no lugar mais seguro e profundo de seu covil. Na maior parte do tempo eles estarão vigiando o tesouro pessoalmente, caso contrário irão preparar alguma grande armadilha para intrusos.


PSICOLOGIA DARCÔNICA:

Dragões acreditam em si como as criaturas mais perfeitas já criadas. Eles respeitam-se uns aos outros, mas também exigem respeito. Em sua maioria, gostam de governar e dominar, e quanto maior o desafio melhor. Derrotar um guerreiro em combate certamente seria mais divertido que matar um grupo de camponeses. Existem, claro, excessões: há espécies de dragões que valorizam a vida e não tentam governá-la.

Dragões possuem dois sentimentos que batem forte em seus corações: seu orgulho e o instinto de auto-preservação. O primeiro é, sem dúvida, muito mais presente em suas vidas que o segundo, já que existem poucas coisas que podem despertar nos dragões o medo da morte. É o orgulho que os leva a acumular tesouros, e é o orgulho que os faz crescer com o passar do tempo.



FORMA HUMANÓIDE:

Dragões geralmente são orgulhosos e consideram humanos e semi-humanos criaturas inferiores. No entanto, algumas vezes os dragões podem estar andando entre nós sem que sequer sejam notados. Muitas espécies de dragões são capazes de adquirir uma forma humana ou semi-humana específica. Eles costumam se transformar quando precisam conversar com outras raças ou quando agir incógnito é mais vantajoso. Também costumam usar esta habilidade para não assustar estes povos: a aura de medo de um dragão não funciona quando ele esta na forma humanóide.
Quando estão transformados em humanóides, dragões mantêm todos os seus Atributos e suas habilidades. As únicas habilidades que eles não podem utilizar são seu sopro, suas armas naturais (garras, presas, etc) e sua aura de medo. A capacidade de adquirir uma forma humanóide varia de um cenário a outro. Em alguns cenários de RPG todos os dragões são capazes de adquirir uma forma humanóide livremente, mas de todos os dragões, os metálicos são aqueles que mais facilmente tem esta habilidade.

HIERARQUIA DRACÔNICA:

Nas organizações sociais dracônicas não existe espaço para sistemas hierárquicos, os quais alguns exercem liderança sobre a grande massa. Cada dragão, mesmo o jovem, é dotado de grande sabedoria e poder, e é um líder em potencial capaz de dominar os seres de toda uma região caso deseje. Dessa maneira, não cabe entre dragões postos e títulos como: comandante, general, mestre, rei e etc, que são utilizados pelos seres que ainda precisam desse tipo de referência e de comando.

Entre os dragões existe um legítimo sistema de irmandade, e apesar de não existir hierarquia, os dragões na maioria das vezes, respeitam a sabedoria e o poder dos irmãos mais velhos. Principalmente por que, do contrário de outras espécies, o passar do tempo e o ganho da idade só deixam o dragão mais sábio e poderoso.


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CONSELHO DA WYRMS E A GUERRA DRACONICA


“Eu acredito em milagres. Depois de tudo, a majestade e grandeza do dragão imbuem meu sangue com magia. Toque minha pele, sinta o padrão das minhas escamas. Olhe em meus olhos. Sinta a magia no meu ser. Saiba que eu tenho o sangue de dragão.”
(Chronopsis, Guardião do Destino.)


Afim de evitar um maior conflito com os Deuses, Io criou o próprio mundo dos Dragões, que desempenharia um papel semelhante ao do Olimpo aos Deuses. Lá, viveriam todos os Dragões. Como todos podem imaginar, surgia assim a necessidade de uma "entidade" para que pudesse manter a ordem desse mundo, devido aos diferentes interesses dos dragões.

Nascia assim o Conselho de Wyrms. Ele era composto pelos seguintes membros:
• Mykkel, um Dragão fêmea ametista, e líder do Conselho.
• Io
• Chronopsis
• Aasterenian
• Bahamut
• Tiamat
• Faluzure
• Arcanic
• Elemtia

Eram nove, ao todo, os membros do Conselho, no entanto ainda assim haviam dragões bastante influentes, como Infernis, um Dracolich vermelho muito poderoso, antigo líder de um clã de dragões.

Os Deuses-Dragões do Conselho de Wyrms temiam por um ataque de Chronos, e seus comandados. E então uma profecia foi lançada sobre o futuro dos Dragões.


A PROFECIA

“Deixar um oponente atordoado ou inconsciente apenas cria uma peste que pode voltar para desafiá-lo novamente. Contudo, matar seu inimigo é secundário ao plantar o medo do dragão dentro dele – quanto mais ele vive, mais ele dirá aos outros do seu olhar terrível e assustador.” (Infernis, um Dracolich e ex-líder de um clã.)

Quando a guerra final chegasse, surgiria o salvador. O salvador iria salvar os Dragões do fim, e assim evitar a extinção dos Dragões. Era tratado como um verdadeiro messias, pela profecia. Toda existência dos Dragões estavam nas mãos do escolhido. Ele era a chave para a glória dos Dragões.

Chronos, ao saber dessa lenda, tratou de agir, temeroso pela veracidade da mesma. Aproveitando-se da enorme rivalidade existente entre os dragões, espalhou o boato de quem "obtivesse" o escolhido, controlaria todo o universo.

Começou então uma caça, obsessiva, ao escolhido. Uma estratégia esperta, pois os Dragões identificando quem era o messias, os Deuses poderiam dar um fim ao mesmo, evitando que qualquer profecia se realizasse. Ao mesmo tempo, os Deuses-Dragões, cada um por seu interesse, ao ter o escolhido nas mãos, poderiam lutar por seus objetivos distintos.

Io defendia, no Conselho, que os Deuses-Dragões deveriam tomar muito cuidado com o salvador, pois os Deuses tentariam matá-los. Defendia que os Dragões deveriam prepararem-se para a guerra, mas com racionalidade, não rebaixando-se ao nível dos Deuses. Para ele, o que Chronos justamente queria era que os Deuses fossem atacados, pois astuto como ele, certamente tinha uma armadilha em mente. Eles defendiam a criação dos Dragões como o bem maior do que a eliminação dos Deuses.

Já Faluzure, defendia a destruição em massa dos Deuses, em um ataque selvagem e avassalador. Não importa a estratégia, não importa o que Chronos estivesse armando. Os Deuses deveriam ser destruidos, e ponto final.

As ideologias opostas chegaram ao extremo, em cada lado. E Faluzure, Chronopsis e Tiamat retiraram-se do Conselho, após terem tido uma árdua discussão. Passaram a ver os Dragões "do outro lado" como impecílios à evolução dos Dragões.

Quando o primeiro Dragão foi morto, pelo próprio sangue Dragão, a guerra civil já não dava mais para ser evitada. No templo de Io, um ovo surgira misteriosamente, e dele, nasceu Kenind. Era o messias que vinha para o mundo dos Dragões para salvá-los do seu próprio fim. Ao saberem do nascimento do messias, a guerra se intensificou de vez.


A GUERRA DRACONIANA

“Quando Kenind foi derrotado pelos exécitos da Terra, no céu ainda haviam cinco sóis, o nosso e os quatro primeiros dragões restantes. Já que Falazure e Io haviam morrido, os homens revoltaram-se contra os outros terrenos. Estes desesperados e fracos das batalhas, fugiram para as montanhas. Dentro da maior delas, havia um tipo de formigueiro de dragões, dragões como os que conhecemos hoje, porém, muito maiores. Os dragões estavam em reunião, falavam de um poder muito grande e da loucura daqueles que deviam controlá-lo. O clima entre eles era tenso, mas tomara uma decisão, criaram a quinta falha da magia na intenção de controlar as outras quatro, uma atitude bastante arriscada. (...)” (Registros da Guerra Draconiana)

A guerra foi de proporção gigantesca. Não havia sequer um Dragão que não estivesse lutando. Mesmo por diferentes motivos, todos encontravam-se no campo de batalha.

Lutaram juntos pelos criadores Bahamut, Aasterenian e Io. Pelos próprios interesses lutavam Tiamat, Falazuri e Chronepsis. Ambos os grupos confrontaram-se violentamente, diversas vezes. Todos confrontos foram extremamente equilibrados, com inúmeras mortes de ambos os lados.

No meio dessa guerra, Chronos, o Senhor da Terra e do Olimpo, enviara também suas tropas, para eliminar qualquer dragão que visse pela frente. No entanto, ainda que com inimigos em comum, nenhum dos dois lados Dragões deixaram de lutar entre eles. Era cada "grupo" por si.

Kenind lutava contra os exércitos da Terra, talvez sendo o único Dragão a combater somente eles. Levara com ele um pequeno grupo para o campo de batalha, e confrontaram-se contra o exército de Chronos para expulsá-lo do mundo dos Dragões.

Era o mais jovem, o único dragão criado pelos próprios dragões, e o primeiro a morrer. Derrotou os exércitos, mais padeceu na sua vitória. Sua morte foi um choque, e pegou de surpresa todos Dragões. A esperança dos Dragões fora morta.

Chronepsis, líder dos que brigavam pelos próprios interesses, vendo que não restava mais pelo que lutar, inconformado com o mundo, partiu, nunca mais sendo visto.

Aasterenian, líder dos dragões fiéis a criação, temendo o castigo que lhe seria imposto pelo seu fracasso, e também desonrada depois de falhar na tentativa de proteger o que fora criado, também partiu.

Io, o mais antigo, e Falazure, senhor das sombras e da morte, que nunca se entenderam bem, elevaram sua disputa ao nível pessoal. E por muitos anos se estendeu a sua batalha. Até que Io, cansado daquele embate sem fim, e percebendo que já era hora de acabarem com aquilo, num golpe, deixou-se matar por Falazure.

Dizem que Io caiu no mar e se tornou a ilha em que nasceu Mitsu. Falazure se arrependeu de ter matado Io. Arrancou as próprias asas. Caiu morto mais adiante.

E Bahamut e Tiamat...dizem que esses ainda não saciavam seus ódios. Continuaram lutando bravamente. No entanto, a última investida de Chronos, e seus subordinados, derrotou Bahamut e Tiamat, já enfraquecidos por tanto lutarem. Era o fim dos Dragões.

Chronos, vitorioso, selou as almas de Chronopsis, Bahamut, Faluzure, Tiamat e Aanasterian para toda a eternidade no conhecido como "Cinco Picos de Rosan", próximo onde mais tarde, Hades seria selado. Quanto ao paradeiro das almas de Kenind e Io, não há relatórios a respeito.

Chronos caiu. O tempo passou. E ainda assim, os mais antigos, afirmaram, algumas vezes terem visto alguns Dragões sobrevoando o céu, criando inúmeras lendas a respeito de Dragões, como Lung, e outras. Mas como todos sabem, isso não passa de lendas... não?

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